5 atividades de conscientização do autismo
6 de abril de 2023
Em abril é comemorada a conscientização do autismo, ou do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O autismo é caracterizado como uma neurodiversidade, sendo possível identificá-lo ainda na infância devido a comportamentos repetitivos e dificuldades na interação social e comunicação.
De acordo com dados divulgados pelo Censo Escolar 2021, cerca de “294.394 estudantes com autismo cursaram os Ensinos Infantil, Fundamental ou Médio das redes pública e privada” no mesmo ano.
Com isso, trouxemos algumas atividades de conscientização do autismo para serem trabalhadas em sala de aula, de modo a desenvolver uma educação mais inclusiva para esses estudantes que possuem necessidades, facilidades e dificuldades únicas.
Inserindo a conscientização do autismo nas aulas
A sala de aula pode ser um ambiente desafiador para jovens e crianças com autismo, mas existem algumas formas de deixá-la mais acolhedora, com atividades, brincadeiras e muita informação!
1. Contato e diálogo como meio de inclusão
Dificuldades na comunicação e na interação social são algumas das características do TEA. Ao trabalhar com uma sala de aula diversa e inclusiva, é possível desenvolver essas habilidades dia após dia mediante o contato com os colegas de classe.
Entre uma prática e outra, é fundamental que o professor esteja atento às respostas do estudante e converse com ele sobre quais obstáculos encontrou pelo caminho ou o que achou mais divertido de aprender.
2. Conforto e segurança
Proporcionar um ambiente confortável e seguro abrange não somente pensar na estrutura das salas, mas também na formação de docentes.
Os estudantes podem perder a concentração caso estejam incomodados com a luz, a mesa e os assentos. Uma solução para esse problema é a disponibilização de carteiras acolchoadas por parte da instituição, assim como a possibilidade de regular a luminosidade do espaço.
Para além do conforto, manter o time de docentes sempre informado e atualizado sobre a aplicação de diversos métodos de aprendizagem ou a adaptação de atividades pode favorecer a sensação de segurança do estudante. Esses professores ainda estarão prontos para conscientizar os demais alunos sobre o autismo e como eles mesmos são aliados na
jornada de estudos dos colegas, transformando as aulas em momentos passíveis de erros, acertos e cooperação.
3. Linguagem clara e objetiva
É importante que os conteúdos sejam ensinados de maneira clara e objetiva, sempre se valendo de diferentes exemplos para explicar um mesmo assunto. É possível usar músicas, desenhos, vídeos, jogos e leituras adicionais aos livros didáticos.
O emprego do sentido figurado é o menos recomendado, já que pode causar a incompreensão da matéria e dificultar a absorção do conhecimento.
4. Jogos em sala
O uso de jogos em sala de aula, além de ser divertido, facilita a aprendizagem e estimula a criatividade. Contudo, é necessário estar atento às limitações de cada estudante, como barulhos e hipersensibilidade a cores ou à luz, por exemplo.
Outro ponto que pode impactar a atenção nesses casos é o tempo das atividades: o mais indicado é a escolha por exercícios de curta e média duração.
5. Conscientização do autismo e informação
E, para finalizar a nossa lista, conteúdos sobre a conscientização do autismo devem ser abordados! Pode-se trabalhar o tema em sala por meio do diálogo, da pesquisa e da arte. Aqui, os educadores podem abrir a aula explicando sobre o TEA e estimular os jovens a fazerem perguntas e refletirem sobre o assunto, para que toda a sala encontre as respostas em conjunto.
Usar filmes, trechos de séries e obras de literatura que abordam o assunto, assim como materiais que tratam do respeito às diferenças, possibilitará o entendimento por parte dos estudantes.
Dois exemplos a serem explorados em sala são o livro “O rei de Amaurotum”, que conta a história do menino Lucas e sua mãe Anabel, fazendo um paralelo com duas visões sobre o Transtorno do Espectro Autista, e “O dedão do pé do Gigante”, uma narrativa sobre respeito, justiça e diferença.