5 dicas para mediar conflitos nas escolas
10 de maio de 2019
Lidar com problemas de relacionamento entre os alunos em sala de aula é algo comum dentro da rotina do educador. No entanto, essas questões também podem acontecer entre os alunos e os professores, dificultando ainda mais o convívio no ambiente escolar. Desenvolver habilidades e estratégias para mediar conflitos nas escolas pode enriquecer o trabalho do educador, como também contribuir para o amadurecimento dos alunos, cumprindo com o papel da instituição de ensino como formadora de cidadania.
Diversas técnicas podem ser utilizadas para ajudar a resolver de forma eficaz algumas dificuldades que podem surgir na comunidade escolar. De olho nisso, selecionamos algumas dicas que podem ser trabalhadas pelo grupo pedagógico diante de alguns conflitos mais comuns entre crianças e jovens.
1- Escuta e diálogo: Acima de tudo, antes de qualquer iniciativa, é importante que a escuta e o diálogo façam parte do dia a dia em sala de aula. A partir desse exercício, será mais fácil elaborar estratégias para a construção de uma cultura de paz. Cada caso é um caso, mas, de forma geral, punições em excesso podem gerar mais enfrentamento, além de tirarem dos jovens a responsabilidade de lidar com o problema. Ao invés de julgar, desenvolva a empatia destacando a importância de ouvir o outro e proponha o diálogo entre os alunos.
2- Bullying: Muito comum no ambiente escolar, esse tipo de violência pode ser bastante cruel e deixar marcas para toda a vida. Diante de situações desse tipo, é importante propor rodas de conversa sobre o assunto com os alunos. Palestras educativas e aulas temáticas sobre as consequências do bullying também são boas ferramentas para mediar conflitos nas escolas.
3- Conflitos familiares: Geralmente, os alunos que praticam bullying também sofrem tal violência no ambiente familiar. Além disso, essa falta de equilíbrio em casa pode ser transmitida pelos jovens em comportamentos agressivos com os demais. Neste caso, para mediar os conflitos é importante convidar a família para participar do processo. Em muitos casos, o acompanhamento psicológico deve ser recomendado.
4- Dificuldades na aprendizagem: É na idade escolar que manifestam-se transtornos de aprendizagem e deficiência intelectual. Muitas vezes, por não entenderem o que estão sentindo ou o que têm, os alunos tendem a se expressar de forma agressiva ou introvertida, podendo, também, gerar situações conflituosas em sala de aula.
Há diversos cursos de capacitação para educadores que auxiliam neste processo de identificar sinais desses casos específicos e de como apoiar os alunos de forma a contribuir para o seu desenvolvimento acadêmico e pessoal.
5- Transtornos psicológicos: Às vezes, uma atitude agressiva, que pode parecer intencional, revela um problema mais sério, como ansiedade e depressão. Com ajuda do setor de orientação pedagógica, é possível avaliar os perfis e ajudar a dar o suporte necessário a estes alunos que estejam com algum transtorno mental. Quanto mais cedo for identificado o problema e iniciado o tratamento, melhor será para o desenvolvimento do discente.
Promova atividades educativas para mediar conflitos nas escolas
Diante dessas situações, o educador e a equipe pedagógica podem elaborar diversas atividades recreativas e de aprendizado para as aulas. Uma boa dica é utilizar referências do dia a dia dos jovens, por exemplo, propor a produção de um vídeo ou podcast sobre bullying. Outras ideias que contribuem para mediar os conflitos nas escolas são palestras, dinâmicas de grupo, testes, atividades artísticas, entre outras. Também é importante que a escola promova cursos de capacitação para educadores, que irão ajudá-los a liderar a mediação de conflitos, contribuindo para um ambiente escolar saudável.