5 práticas para o acolhimento de estudantes e familiares
23 de janeiro de 2023
Durante três anos, educadores, estudantes e familiares passaram por processos de adaptações e readaptações ao formato de ensino híbrido e remoto. Com a volta às aulas presenciais, alguns alunos podem precisar de apoio para se acostumar com a nova rotina de estudos.
Trouxemos cinco práticas que podem auxiliar educadores e instituições de ensino a incluir o acolhimento de ponta a ponta, do início ao fim do ano letivo. Confira!
Acolhimento desde o primeiro dia
1 – Recepção na volta às aulas
No primeiro dia de aula é importante que aconteça uma integração entre docentes e discentes. Aproveite esse primeiro momento para apresentar a metodologia, a infraestrutura e os professores aos calouros e veteranos.
É essencial criar um espaço de interação entre os estudantes e a instituição, aproveite esse momento para fazer perguntas sobre o que esperam aprender e em que se desenvolver e quais atividades gostariam de praticar dentro e fora da sala de aula. Além disso, permita que eles deem ideias e contribuam com suas opiniões.
2 – Materiais complementares e tecnologia
A disponibilização de materiais complementares pode enriquecer o processo de aprendizagem, assim como o uso da tecnologia que, durante o ensino remoto, auxiliou na continuidade dos estudos.
Com estes materiais, é possível unificar o analógico com o digital. Nesse processo, é possível desenvolver as habilidades de pesquisa e construir um pensamento crítico para a análise de informações verídicas e identificação de fake news.
3 – Dinâmicas em grupo
O recente período de isolamento dificultou a comunicação e abriu espaço para a introversão. Por esse motivo, aplicar atividades que incentivem a troca entre os estudantes pode estimular o respeito com as individualidades, as necessidades, os limites e os objetivos individuais.
A integração de classes também pode ser um bom caminho para desenvolver competências cognitivas, socioemocionais, socioculturais e a cooperatividade. Então, pense em atividades como palestras, debates, passeios e desafios que envolvam essas habilidades.
4 – Saúde física e mental
Em um mapeamento realizado pelo Instituto Ayrton Senna e pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, cerca de 70% dos estudantes, entre o 5º e o 9º ano do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio, relatam sintomas de depressão e ansiedade. Eles também afirmaram que a dificuldade de concentração, o sentimento de esgotamento, as preocupações que o fazem perder o sono e a queda de confiança em si, aumentaram.
Para amenizar esses sintomas, utilize a sala de aula para promover o reconhecimento dos objetivos alcançados, estimular a criatividade como forma de expressão dos sentimentos, incentivar o diálogo, propor atividades que enfatizem a relevância de ser suporte e acolhimento para os colegas de classe, motive a prática de atividades físicas e incentive a terapia com psicólogos.
5 – Discussão de temas relevantes
O cenário político, econômico e social muda a cada instante. Esses temas refletem na vida dos estudantes, por isso a relevância em levantar assuntos sobre a luta de minorias — mulheres, negros, LGBTQIAP+, pessoas com deficiência, indígenas e população de baixa renda, por exemplo —, o histórico político no Brasil e no mundo, como funciona a economia de um país e o que pode abalar o seu desempenho.
Bônus: mantenha os familiares atualizados
Os familiares têm um grande papel no desenvolvimento escolar das crianças e adolescentes e devem fazer parte desse processo. Mantenha-os informados sobre os próximos passos da instituição: o que mudou, qual a metodologia de educação, quais as plataformas de ensino híbrido e como eles podem entrar em contato com a instituição. O diálogo aberto é a chave para uma boa comunicação.
Cada um dos pontos listados acima potencializam o sentimento de pertencer, tanto nos estudantes quanto nos familiares. Fortalecer essas relações beneficia o desempenho estudantil e aumenta a confiança nos profissionais da instituição como um todo.