6 práticas de educação midiática nas escolas

28 de março de 2023


A educação midiática tem como princípios o combate à desinformação e a checagem da veracidade dos conteúdos que chegam até nós por meios digitais. Para isso, educar crianças e jovens sobre o funcionamento da mídia e seu papel na sociedade desenvolve habilidades de avaliação e pensamento crítico, autoexpressão e participação social, além de compreensão, por parte do usuário, sobre produção de conteúdo.

Meios de inserir a educação midiática em sala de aula

Ao contrário do que se pensa, a educação midiática não requer a adição de uma aula sobre o tema no plano de ensino que já existe. Bastam algumas ações em sala para o desenvolvimento das competências em meio aos temas preestabelecidos.

1. Incentivo à pesquisa

O acesso à informação viabiliza o contato com diferentes pontos de vista sobre um mesmo assunto, possibilitando o amadurecimento do pensamento crítico em relação à realidade em que o jovem vive.

Com a prática do hábito da pesquisa, os estudantes são estimulados a adotarem fontes qualificadas, como veículos profissionais de imprensa e sites de autoridades reconhecidas.

2. Liberdade de expressão na escola

Quando o pensamento crítico é exercitado, surgem questionamentos que levam à problematização da matéria e, então, à liberdade de expressão na escola.

O incentivo ao embasamento dos argumentos em dados reais, por meio da apuração dos fatos, fortalece o discurso dos jovens. Dessa maneira, é reforçada a livre manifestação com responsabilidade, de modo que se respeite a dignidade de quem recebe a informação.

3. Criação de conteúdo para redes sociais

A internet é um ambiente comum para os estudantes e, assim como existe o estímulo para a prática da liberdade de expressão na escola, é imprescindível que essa liberdade vá além da instituição de ensino, alcançando, portanto, os meios virtuais.

A substituição de provas e exercícios pela criação de conteúdos para as redes sociais é uma boa maneira de desenvolver a comunicação escrita dos estudantes, com ênfase no cuidado com a propagação de fake news ou desinformação. O educador pode, por exemplo, propor para a classe o desenvolvimento de um blog coletivo, usando como avaliação as postagens escritas pelos alunos.

4. Objetivos da comunicação

Ter os objetivos da comunicação bem definidos e detalhados fortalece os três pontos já citados. Seu principal foco é refletir sobre as intenções da mensagem, analisar seu meio de veiculação e despertar a criatividade do estudante.

Pense em perguntas que guiem essa fase, como: qual sentimento vai ser despertado no leitor? Que ação ele deve tomar? Em relação a determinado tema, qual é o melhor formato de conteúdo para sensibilizar, informar e engajar? Qual é o melhor meio de comunicação nesse caso? Com quem esses jovens querem falar?

5. Perguntas que clareiam

Levar à sala de aula pessoas que têm domínio sobre a temática abordada também desenvolve a educação midiática. Palestras e rodas de conversas consolidam a habilidade de escuta no coletivo. Além disso, o educador pode aproveitar o evento para impulsionar a pesquisa.

Desse modo, os estudantes terão de pesquisar sobre a pessoa que irá à escola, entender com o que ela trabalha, onde se formou e qual é o seu histórico profissional, passando a ter um olhar ampliado sobre essas questões. Com isso, durante a conversa, as perguntas feitas pelos alunos também serão mais elaboradas e críticas.

6. Comunicação em grupo

A última prática envolve as atividades de comunicação em grupo que promovem a participação democrática e cívica dos jovens, como a escrita e o planejamento de discursos pensados em conjunto a partir de discussões com pontos de vista diferentes. Isso lhes garante desenvolver a habilidade de resolução de problemas em prol da sociedade.

Considerando essas práticas, os estudantes se formarão como cidadãos conscientes, prontos para um diálogo livre de opressões e abertos para novos pontos de vista.

Abrir WhatsApp
1
Escanear o código
Fale conosco por Whatsapp - De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h