7 ideias de projetos para você implementar educação ambiental na escola

31 de julho de 2025


Um corredor com cartazes sobre reciclagem. Um mural cheio de frases de efeito. Algumas plantinhas no pátio. A intenção é boa e o cuidado é legítimo. Mas será que isso basta para formar estudantes preparados para enfrentar uma crise climática global? A verdade é desconfortável: muitas práticas de educação ambiental na escola se esgotam na aparência. Soam como gesto, mas não geram transformação. E isso não é culpa dos professores, é o sistema que, por muito tempo, tratou o tema como acessório e não como eixo estruturante do currículo.

Mas o cenário está mudando…

E, junto com ele, o papel da escola, que precisa reaprender a olhar para o lugar onde está. A educação ambiental mais potente não nasce em laboratórios de ponta nem em eventos sazonais. Ela nasce quando a escola se pergunta: “o que, no nosso território, precisa ser cuidado? Que histórias ambientais a comunidade carrega? Como a gente pode agir de verdade, ainda que com pouco recurso ou impacto?”

Esse movimento não exige revolução orçamentária, exige coragem pedagógica para sair do genérico e abraçar a complexidade. Coragem de trocar slogans por escuta e de transformar ações isoladas em projetos consistentes. É nesse ponto que a nova Lei 14.926/2024, que redefiniu a Política Nacional de Educação Ambiental, se torna mais do que obrigatoriedade, ela é oportunidade.

Desde o início de 2025, todas as escolas brasileiras têm como obrigação integrar temas como mudanças climáticas, biodiversidade e sustentabilidade em seus currículos. Mas essa exigência não precisa ser um peso, ela pode ser um motor de reinvenção. Ao incorporar esses conteúdos de forma transversal e conectada à realidade local, a escola deixa de apenas “cumprir uma pauta” e passa a formar sujeitos críticos, sensíveis e capazes de agir diante dos desafios ambientais do presente.

Quando o projeto vira território: ideias que funcionam

A seguir, algumas propostas de atividade de educação ambiental na escola que ganham corpo quando inseridas em um projeto interdisciplinar e conectado ao cotidiano:

1 – Horta comunitária como laboratório vivo

A ideia não é só plantar, é medir, escrever, comparar, planejar e contar histórias. Envolve Ciências, Português, Matemática, História e até valores culturais e familiares.

2 – Mutirão de escuta sobre o bairro

Em vez de uma limpeza simbólica, que tal começar com uma roda de conversa sobre lixo, água, enchente, poluição sonora ou mobilidade? Que dados a escola pode levantar? Que soluções os estudantes podem propor?

3 – Mapa afetivo e ambiental da comunidade

Uma cartografia feita com os alunos: onde há árvores? Onde falta? Onde está o ponto de ônibus? Como a escola consome energia? Um trabalho que une Geografia, Artes, Matemática e Ética.

4 – Produção autoral com impacto real

Cartilhas, vídeos, podcasts, entrevistas com moradores, campanhas de conscientização. Desde que partam da escuta e da investigação, o produto vira parte da aprendizagem e da mudança.

5 – Ações de reuso e economia circular na escola

Nem tudo precisa virar lixo no fim do ano letivo. Que tal propor uma feira de trocas organizada pelos próprios alunos, com livros literaturas já lidas, roupas em bom estado e brinquedos? O projeto pode começar com uma discussão em sala sobre consumo consciente, seguir com uma pesquisa sobre o impacto ambiental do descarte de papel, tecido e plástico, e culminar na criação de um brechó ou feira solidária. Além de trabalhar Ciências, Geografia e Matemática, a iniciativa convida os estudantes a repensarem o valor das coisas e o ciclo dos objetos que usamos.

6 – Construção de cisternas escolares

Um projeto prático que pode envolver alunos do Ensino Fundamental II e Médio: pensar e construir, com apoio técnico, sistemas simples de captação e reaproveitamento de água da chuva. Além de Ciências, Matemática e Tecnologia, é uma aula sobre gestão, responsabilidade e ação coletiva.

7 – Como tornar nossa escola mais ecológica?

Criar um comitê escolar para mapear práticas insustentáveis no dia a dia, do uso de descartáveis ao desperdício de energia. A partir disso, os próprios estudantes elaboram e implementam um plano de ação. É cidadania em prática, conscientização e gestão ambiental com protagonismo juvenil.

Essas práticas não são luxos. São respostas possíveis e urgentes para uma escola que quer formar sujeitos críticos, atentos e comprometidos.

LEIA TAMBÉM: Como usar a COP 30 para ensinar educação ambiental? 

Uma proposta estruturada para transformar: Educação Climática com a Turma do Pererê

Para apoiar esse movimento, a Editora do Brasil, em parceria com a Inteligência Educacional, lançou a coleção Educação Climática com a Turma do Pererê, uma resposta concreta à urgência de se pensar educação ambiental na escola como projeto contínuo. 

Para saber mais sobre o projeto, solicite contato de um consultor: www.conteudo.editoradobrasil.com.br/educacao-climatica

Educação ambiental na escola exige mais do que vontade, exige projeto

A crise climática já é uma realidade para muitas comunidades. O que falta não é motivação, é estrutura. Não é ideia, é intencionalidade. Não é esforço, é articulação. Ao tratar a educação ambiental na escola como centro, e não como adereço, abrimos espaço para que cada educador se torne um agente de transformação real. E, mais que isso, para que os próprios estudantes se vejam como parte da solução.

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Editora do Brasil S/A
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