Entrada das editoras no e-commerce é tendência no mercado editorial

11 de março de 2019


Por Agência Bowie – Editora do Brasil

A crise no mercado editorial em relação à venda de livros impressos é resultado das transformações do setor nos últimos 20 anos.  A pesquisa divulgada ano passado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), encomendada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), mostra o desempenho do setor em 2017.

A situação é complexa e envolve diversos fatores: o baixo interesse do brasileiro por leitura em geral, a falta de apoio governamental ao longo dos anos e, claro, as mudanças no modelo de negócios com a chegada da internet. Por isso, analisar esses números e os motivos da crise no mercado editorial não é tarefa fácil.

Em números gerais, a queda nominal (que desconsidera a inflação) no faturamento foi de 1,95%. Já no mercado privado, houve crescimento nominal de 2,03% e, levando em conta a inflação no período, o resultado foi praticamente estável, com discreta queda de 0,89%. O subsetor de Livros Didáticos também apresentou queda. Considerando as vendas ao mercado privado e ao governo, a retração foi de 7,79%, sem levar em conta a inflação.

Saída da crise: mercado editorial entra no e-commerce

Em artigo no site Publishnews, Felipe Lindoso, jornalista, tradutor, editor e consultor de políticas públicas para o livro e leitura, comenta a questão da crise e fala sobre a entrada das editoras no e-commerce: “A  única modificação notável no mercado editorial brasileiro nos últimos anos foram as vendas de e-commerce, que mantém ativo o fundo de catálogo e já chega a porcentagem significativa de vendas de algumas editoras.”

Mas, afinal, quais são as reais vantagens do e-commerce para quem vai comprar livros? Listamos aqui os principais:

1 – Valor dos produtos
Um dos motivos que facilitam esse cenário de recuperação é a possibilidade de oferecer um valor menor pelos livros através da internet. Com o Brasil, no geral, vivendo uma crise econômica e alta taxa de desemprego, dar ao consumidor uma alternativa mais barata é fundamental.

2 – Praticidade
Não basta apenas ser mais barato, tem que ser rápido. Um dos maiores motivos das vendas online terem aumentado tanto (e em todos os mercados, não só o editorial), é a praticidade. Em poucos minutos, o consumidor consegue ver gigantescos catálogos e decidir pelos títulos que mais lhe agrada. Tudo isso sem sair de casa ou em qualquer lugar que estiver, com seu smartphone.

3 – Redes sociais
Hoje em dia, as pessoas passam boa parte de seu dia navegando em redes sociais. Quer melhor plataforma de propagar a sua marca e seus produtos senão estando presente nelas? As redes são ótimas aliadas do e-commerce e, juntos, podem ajudar o mercado editorial a crescer novamente.

4 – Qualidade
Juntando os três itens acima, temos o melhor que a internet pode oferecer: um serviço barato, prático, de fácil alcance às massas e, o principal, de qualidade. Com isso, as editoras ganham a confiança do consumidor, que pode ter a certeza de que será bem atendido mesmo sem precisar falar pessoalmente com nenhum vendedor ou pegar seu produto em mãos antes da compra.

Futuro do mercado editorial
É impossível prever o futuro, mas é fato que as mudanças no mercado e a entrada das editoras no e-commerce têm tudo para chacoalhar o setor nos próximos anos e ser o motor de arranque para uma reviravolta na crise. Vamos aguardar com otimismo as cenas dos próximos capítulos dessa história!

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