Os tipos de avaliação para você aplicar no final deste semestre via aulas remotas
21 de julho de 2020
O primeiro semestre está acabando e, se alguma palavra pudesse defini-lo, certamente seria “atípico”. Não há como negar que as aulas remotas pegaram todos de surpresa, e muitos professores tiveram que se reinventar e estão se colocando à prova novamente neste momento de fechamento de ciclo – afinal de contas, qual o melhor tipo de avaliação para aplicar na minha turma à distância?
Os 4 tipos básicos de avaliação
É muito difícil olhar com outros olhos para a relação de hierarquia entre professor e estudante, além da visão tradicional de avaliações no formato de provas formais, onde o conhecimento do jovem é quantificado e convertido numa nota de acordo com seus acertos e erros. Entretanto, essas duas visões são justamente as que necessitam de uma atenção especial quando pensamos neste momento de avaliação à distância.
Primeiramente, é preciso que lembremos que avaliação é muito mais do que uma prova. Existem quatro tipos de avaliação, como resumimos a seguir:
Avaliação diagnóstica: aplicada, normalmente, antes do professor abordar determinado assunto. Sua funcionalidade é atuar como um termômetro sobre o quanto a turma está inserida no tema em questão, o que ditará o formato das aulas para o professor.
Avaliação formativa: é a forma que o professor tem de mensurar, dia a dia, o quanto o jovem está evoluindo no assunto. Normalmente é mais simples e vale poucos pontos.
Avaliação comparativa: é o contrário da diagnóstica. Aplicada normalmente ao fim de um conteúdo, serve literalmente como comparação com a primeira avaliação.
Avaliação somativa: similar à comparativa, a avaliação somativa soma todos os conteúdos de um ciclo – semestre, trimestre, bimestre, etc. Esse normalmente é o tipo de avaliação mais adotado.
Tendo isso em mente, é preciso que o professor compreenda que não é mais cabível focar apenas na avaliação somativa – afinal de contas, como resumir todo o conhecimento de uma pessoa em apenas um momento, uma circunstância?
A resposta para esse impasse é simples: saia da caixinha.
Saia da caixinha
Se há algo importante que devemos considerar quando vamos avaliar nossos estudantes via aulas online é manter seu interesse em alta. Ele pode “colar” em uma avaliação formal? Pode. Como não fazer com que ele faça isso? Inove, saia da caixinha e dê voz a ele. Para te ajudar nesta tarefa de conseguir elaborar uma boa avaliação de fim de semestre, a Editora do Brasil selecionou para você algumas dicas úteis. Confira a seguir:
Use e abuse de debates e chats
Muito já se falava do estudante como protagonista do seu processo de aprendizado. Isso só se ampliou com a adoção das aulas online. Para conseguir ter uma boa noção do quanto seu aluno aprendeu, fazer debates via chamadas de vídeo e estimular o uso de plataforma que ofereçam chats ou salas de bate-papo são métodos que, além de extremamente úteis, também fornecem esse protagonismo.
Assim, uma simples roda de conversa pode servir não apenas como avaliação diagnóstica ou formativa, mas também como “prova final”, avaliando tudo o que o aluno aprendeu durante as aulas. Isso também estimula a troca de conhecimentos: e se algum estudante compreender algum conceito que possuía dificuldade justamente neste momento de debate entre a sala? Como sua nota poderia não considerar este feito? Mais do que avaliar, o debate também ensina, e isso faz toda a diferença.
Inove nas avaliações comparativas e/ou somativas
Muitas vezes, a aplicação de uma prova mais formal é obrigatória. Nessas situações, o ambiente online pede mais do que o modelo tradicional de pergunta/resposta. Inovar é importante, captar a atenção do jovem para que não perca o foco neste momento é essencial.
Então, busque aplicar avaliações em modelos que já forneçam a resposta para o aluno logo após a finalização. Um ótimo exemplo é usar geradores de QRCode: ao final de uma pergunta (em plataformas como o Google Classroom ou o Microsoft Teams, por exemplo) é possível fazer com que surjam QRCodes que contenham conteúdos multimídia que já oferecem a solução comentada da questão recém-respondida. Isso transforma uma “prova final” num “quizz”: como as palavras têm poder, só a terminologia já alivia a pressão para o estudante, que se sente mais à vontade e confiante.
Nós já fizemos um material especial para você conhecer as principais plataformas para criar esse e muitos outros tipos de atividades e avaliações online. Para baixá-lo, é só clicar no banner abaixo.
Aposte em autoavaliações
Aplicar autoavaliação talvez seja o ponto máximo quando o assunto é quebrar, até certo ponto, a hierarquia entre professor e estudante. Ainda assim, é extremamente necessária.
O jovem precisa ter voz e se acostumar a dar devolutivas sobre as aulas remotas – e o professor, por sua vez, precisa aprender a receber esse feedback sincero.
O motivo é simples e autoexplicativo: neste semestre atípico, todos, professores e estudantes, passaram por mudanças profundas. O que não mudou, entretanto, é que o estudante precisa continuar a aprender, e o professor, a ensinar.
Assim, quem melhor do que o próprio jovem para devolver ao docente suas experiências com as aulas remotas? Na autoavaliação, o estudante deve informar quais eram suas expectativas, se elas foram atingidas ou não, relacionar o que aprendeu com facilidade, o que teve dificuldade, o que deu certo e o que não deu certo neste processo extremamente novo para todos.
A partir deste movimento, é possível que o professor consiga se adaptar de formas que o ensino remoto fique mais confortável tanto para ele mesmo quanto para os jovens – quem sabe, até desenvolvendo ou outro tipo de avaliação ou de metodologia. Assim, todos saem ganhando.