Como trabalhar a responsabilidade coletiva e a cidadania na escola?

19 de agosto de 2020


Neste momento em que o mundo todo está passando, é essencial trazer aos jovens noções além do sucesso individual e profissional. É com o trabalho da responsabilidade coletiva e da cidadania na escola, que se inicia esse processo.

Afinal, a escola é muito mais do que o edifício que o estudante frequenta para ouvir a sabedoria alheia. Ela faz parte da sociedade, é formada por pessoas e pela troca de relações entre elas. A cidadania começa já na escola, instituição que existe para educar e transformar indivíduos. Dessa forma, seu objetivo central deve ser formar cidadãos para encarar de frente a vida e seus desafios.

Cidadania na escola segundo a BNCC

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define a competência geral “Responsabilidade e Cidadania” como o “agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários”.

Sob esse viés está a “compreensão dos estudantes como sujeitos com histórias e saberes construídos nas interações com outras pessoas, tanto do entorno social mais próximo quanto do universo da cultura midiática e digital”, o que fortalece o potencial da escola como espaço formador e orientador para a cidadania consciente, crítica e participativa.

Um currículo que aborde esses conceitos e traga a cidadania na escola, auxilia os jovens a dialogar com o futuro do país e estimula iniciativas espontâneas em prol do coletivo. Mas, assumir essa missão exige que os educadores repensem suas práticas e busquem a inovação.

Um desafio que vale a pena

Para começar, não é possível trabalhar responsabilidade e cidadania sem envolver toda a comunidade. Afinal, ela é um exemplo claro do coletivo em ação. Em “O Conto da Ilha Desconhecida”, José Saramago diz que “é necessário sair da ilha para ver a ilha”. Uma lição valiosa para o pós-pandemia.

Enfrentamos o desconhecido e sem caminho traçado para ele, criamos possibilidades múltiplas para solucionar os problemas. Foi necessário sairmos do tradicional, do que estávamos acostumados e assistir à educação em um novo cenário. Só assim foi possível perceber que ela tem exigido cada vez mais uma participação ativa e que todos os agentes envolvidos nessa história são os protagonistas dela. Cabe a todos, portanto, a divisão de tarefas por uma educação cidadã e ativa.

Em outras palavras, a partir do momento em que colaboradores, docentes, gestão, administração, familiares e afins se sentirem parte do processo pedagógico, o exercício da cidadania estará se desenvolvendo a olhos nus.

Boas práticas impactos financeiros

Exemplos de como a cidadania começa na escola

Grêmio estudantil e conselho escolar são práticas que podem nascer da responsabilidade compartilhada. Assim como, coletivos, clubes temáticos sobre questões sociais e simulações do modelo ONU funcionam como fomento a democracia, sempre com o estudante como protagonista de todos os processos.

Ao mesmo tempo, é necessário trazer a questão da cidadania na escola com exemplos próximos e mais palpáveis aos jovens. Talvez, seja difícil para eles imaginarem o conceito, uma vez que ao pensar no assunto pode vir a mente apenas figuras famosas e distantes. Mas se lhes for sugerida uma atividade que peça para identificarem bons exemplos ao redor, ou seja, no bairro, no grupo de amigos, familiares, o resultado será uma real constatação do que é cidadania. Com a junção da teoria e da prática, o estudante verá que não é algo de outro mundo, está do lado dele e em exemplos comuns, diários e acessíveis.

Dicas de como aplicá-la:

  • Deixe claro que o exercício da cidadania vai muito além do voto, englobando uma série de direitos e deveres;
  • Incentive os estudantes a participarem de projetos e serviços comunitários;
  • Demonstre que é normal errar e, principalmente, reconhecer os próprios erros, buscando consertá-los;
  • Aborde a importância da verdade e da ética em variadas temáticas, por meio de múltiplas plataformas e agentes;
  • Que tal sugerir um projeto de cidadania dentro da escola? Peça para observarem um problema no entorno e prepararem uma intervenção a ele. Pode ser a otimização do espaço da biblioteca, do espaço da sala de aula, reciclagem de materiais e o que mais a criatividade permitir.
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