Protagonismo juvenil é aliado do ensino híbrido
7 de dezembro de 2020
O ensino híbrido é apontado como uma das grandes tendências educacionais para o pós-Covid. As incertezas com relação ao futuro da pandemia fortaleceram a ideia de manter o ensino parte presencial e parte online, mas esta metodologia está longe de ser apenas uma transposição da aula para o meio digital. Como uma abordagem ativa, o ensino híbrido tem como foco o protagonismo juvenil mesclado ao uso de ferramentas de aprendizado online e analógicas, que podem acontecer simultaneamente ou não. Além disso, antes de sua aplicação, as escolas devem repensar a posição do professor, o papel que ele desenvolve em classe, o currículo acadêmico e a atuação do estudante em toda a interação desenvolvida.
O que é protagonismo juvenil?
Protagonismo juvenil não é um conceito recente, ele pode ser definido como o envolvimento do estudante em atividades além do seu escopo pessoal e familiar, e que refletem na sociedade. A relação desenvolvida é entre a formação, o conhecimento, a participação, a responsabilização e a criatividade, todos mecanismos de fortalecimento da perspectiva cidadã e valorização das expressões juvenis.
Nos últimos anos o assunto foi muito discutido, graças a Base Nacional Comum Curricular. Pois é a ideia do protagonismo juvenil que conduz todo o texto da BNCC, inclusive surgindo nas competências gerais e específicas. Ademais, a Base também o relaciona com os conceitos de educação integral e projeto de vida. Essa noção de formar jovens capacitados para a sociedade contemporânea também é parte da estrutura do Programa Nacional do Livro e do Material Didático.
PNLD 2021
Focado nos estudantes, educadores e equipe gestora do Ensino Médio da rede pública, o PNLD 2021 traz o protagonismo juvenil como um dos temas integradores das obras didáticas de Projetos Integradores. Nos livros, ele deve viabilizar a abordagem das culturas juvenis, estimulando a participação ativa do jovem em perspectiva cidadã. Nesse sentido, devem ser desenvolvidos projetos que utilizem a arte e a cultura para possibilitar que os estudantes conheçam, apreciem e cuidem melhor de si mesmos, dos outros e do seu entorno, reconhecendo e fortalecendo seus potenciais como agentes de transformação das suas próprias realidades e do mundo que os cercam.
O que isso tem a ver com o funcionamento do ensino híbrido? Segundo a competência geral 5 da BNCC, Cultura digital, a escola e, portanto, as obras do PNLD devem ajudar os estudantes a “compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”.
Ou seja, tanto o conceito de ensino híbrido quanto o de protagonismo juvenil convergem no PNLD na ideia de que o estudante deve ser mais do que um ouvinte passivo. Dessa forma, ao pensar o ensino para 2021, após todo o ocorrido com o novo coronavírus, as escolas precisam ter especial atenção na seleção dos livros didáticos oferecidos pelo programa. O olhar atento, deve considerar que como essa é uma das principais ferramentas utilizada pelos professores para planejarem suas aulas, tem de englobar com responsabilidade e qualidade tais conceitos. Isso para que na hora de pensar o ensino remoto, presencial ou híbrido, garantir que estejam inseridos no currículo da forma certa.
A Editora do Brasil teve oito obras inscritas e submetidas à avaliação no programa, todas estão disponíveis para degustação: Saiba mais aqui!