Como o professor ajuda a formar leitores proficientes?

11 de outubro de 2022


Formar leitores proficientes é um desafio que vai muito além ensinar os alunos a ler. A alfabetização é só o primeiro passo dessa jornada que, ano a ano, série a série, ganha um novo capítulo. 

É na adolescência que isso se intensifica, quando a literatura pode “perder a graça” para alguns, ao mesmo tempo em que é cobrada nos vestibulares por meio do consumo de obras clássicas e das habilidades de interpretação de texto e escrita.

 

Como anda a leitura no Brasil?

Segundo dados da última pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, o País perdeu de 2015 para 2019 mais de 4,6 milhões de leitores. Já os não leitores (brasileiros com mais de 5 anos de idade que não leram nenhum livro, nem mesmo em parte) representavam 48% da população, o equivalente a cerca de 93 milhões de um total de 193 milhões de brasileiros.

Um dos fatores apontados como de grande influência na fundamentação de um bom hábito de leitura foi o incentivo de outras pessoas. Um a cada três entrevistados, o equivalente a 34%, disse que alguém os estimulou a gostar de ler. E sabe quem apareceu em primeiro lugar, apontado por 11% das pessoas? Os professores. 

É isso mesmo! O papel do professor no incentivo à leitura é comprovadamente notório. O que você, educador, tem feito com esse quase super-poder?

Como formar leitores proficientes?

Formar leitores proficientes é um desejo seu? Então, lá vai a pergunta: seus alunos o vêem como um leitor, um professor ou ambos? Eles sabem alguma coisa sobre seus hábitos, gostos e desgostos como leitor?

Ser um modelo de leitura e criar uma cultura de sala de aula onde a leitura por prazer é incentivada e apoiada são duas estratégias de leitura e formação de leitores básicas e necessárias.

Mas também é preciso ir além e considerar as mudanças da modernidade, ou seja, é importante lembrar que nos dias de hoje a leitura assume variadas formas e temas, desde e-books a artigos e posts online, e ignorá-los é parte da problemática de defasagem de leitura.

Não é de surpreender que pesquisas mostrem que as pessoas estão lendo menos livros do que antes. Para formar leitores proficientes, é preciso garantir que as oportunidades de leitura também sejam ampliadas e envolvam a realidade.

Assim, formar leitores proficientes precisa perpassar ajudar, principalmente os adolescentes, a perceber que livros são uma alternativa tão recompensadora quanto à internet, redes sociais, TV e filmes. O que não precisa ser uma competição, a ideia é lembrá-los dos prazeres da leitura.

Para que vejam todos os benefícios, é preciso que se conectem com o que lêem, explorando a natureza social da leitura, promovendo interações dentro e fora da sala de aula com a obra, que deve ser escolhida com especial atenção.

Obras de literatura para o Ensino Médio

Atualmente, o Programa Nacional do Livro e do Material Didático voltado para o Ensino Médio, o PNLD 2021, está em processo de avaliação das obras literárias que, segundo o edital, tanto as de Língua Portuguesa quanto as de Língua Inglesa, devem “potencializar entre os estudantes a capacidade de reflexão quanto a si próprios, aos outros e ao mundo que os cerca.

Isso proporciona o contato com a diversidade em suas múltiplas expressões por meio de uma interação eficiente – e gradativamente crítica – com a cultura letrada, sem descuidar da sua dimensão estética”.

A Editora do Brasil tem oito obras inscritas e submetidas à avaliação aptas a trabalhar o social da literatura:

De clássicos, como “Romeu e Julieta”, a obras com temas contemporâneos e identificáveis aos jovens, como a novela “Ilegais”, é possível planejar estratégias para formar leitores proficientes. Todas estas opções de livros acompanham material digital do professor e do aluno, tornando o processo mais fácil.

E no site do PNLD 2021 da Editora do Brasil você ainda pode conferir a série de vídeos Papo com os autores, em que destrinchamos temas que podem basear as suas aulas sobre literatura.

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