Brincar na escola é coisa séria

22 de maio de 2025


Uma escola silenciosa pode parecer ideal aos olhos de um adulto. Mas será que apenas o silêncio ensina? No Dia Mundial do Brincar (28 de maio), vale inverter a lógica: o barulho das brincadeiras é o som da aprendizagem viva. Brincar na escola não é perda de tempo. É um investimento no futuro. E não há maneira mais bonita de aprender do que com os olhos brilhando e os pés descalços na areia da curiosidade.

Essa é mais do que uma data comemorativa. É um lembrete de que a infância tem sua própria lógica, linguagem e tempo. E que a escola deve ser um lugar onde as infâncias possam florescer.

Qual a importância do brincar na escola?

Na Educação Infantil, brincar não é intervalo. É conteúdo, é experiência, é forma de ser e estar no mundo. Ao construir castelos de areia ou organizar uma brincadeira de faz de conta, a criança exercita sua linguagem, desenvolve o raciocínio, aprende a negociar regras, expressa emoções e estrutura sua relação com os outros. O brincar organiza o pensamento e treina, em miniatura, as situações reais da vida.

Ao contrário do que muitos pensam, não se brinca apenas por diversão. Brincar exige planejamento, simbolização e tomada de decisão. Por isso, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) coloca o brincar no centro da prática pedagógica, definindo-o como um dos eixos estruturantes da Educação Infantil. Aprender brincando é, portanto, um direito das crianças e um dever da escola.

Brincar com intencionalidade

Brincar por brincar é importante, mas brincar com mediação pode ampliar ainda mais as possibilidades de aprendizagem. Quando o educador propõe uma brincadeira com objetivos claros, acompanha os movimentos das crianças e valoriza suas descobertas, o brincar se torna um potente instrumento pedagógico.

Atividades simples, como jogos de encaixe, construção com blocos, circuitos motores e histórias dramatizadas, estimulam as habilidades cognitivas, sociais e linguísticas. Ao mesmo tempo, favorecem a autoestima e o senso de pertencimento. A chave está na escuta atenta do professor, na observação dos processos e na documentação do que se aprende brincando na escola.

E quando o brincar é questionado?

Talvez você já tenha ouvido essa pergunta carregada de críticas: “Mas só se brinca nessa escola?”. Talvez você enfrente uma rotina tão apertada que não sobra tempo para incentivar o livre brincar. A verdade é que, em um mundo acelerado, “perder tempo” brincando parece um luxo.

Mas é exatamente nos momentos de pressa que ele se torna mais essencial. A brincadeira ajuda a regular emoções, a construir autonomia, a desenvolver empatia. Brincar não é só um jeito de aprender: é um jeito de viver. E brincar na escola é garantir que essa vivência aconteça com segurança, presença e afeto.

Sistema de Ensino Brincando: um parceiro da escola na arte de brincar com propósito

Na prática do dia a dia, muitas escolas sentem falta de materiais que ajudem a planejar o brincar com qualidade. O sistema de ensino Brincando, da Editora do Brasil, foi pensado justamente para isso. Ele parte da ideia de que a aprendizagem é uma jornada empolgante e oferece propostas pedagógicas lúdicas como ferramenta principal para o desenvolvimento integral das crianças.

Com sequências didáticas cuidadosamente organizadas, materiais interativos e foco na autonomia infantil, o sistema Brincando ajuda a escola a colocar a BNCC em ação de forma lúdica, inclusiva e significativa. É um sistema de ensino que respeita o ritmo de cada criança, valoriza o papel do educador e transforma a sala de aula em um espaço de encantamento e descoberta.

Como brincar na escola de forma criativa?

Aqui vão quatro ideias que podem inspirar suas próximas atividades:

  • Circuito de desafios: com caixas, cordas e bambolês, monte um percurso que estimule o corpo e o pensamento. Use cores, números ou letras para trabalhar conteúdos curriculares.
  • Histórias dramatizadas: depois de uma leitura, convide as crianças a encenar os personagens. Isso desenvolve linguagem, empatia e criatividade.
  • Cantinho simbólico: objetos do cotidiano ganham novos significados quando estão nas mãos de uma criança. Crie um espaço com utensílios variados e observe as brincadeiras emergirem.
  • Brincadeiras cantadas: rodas de música, jogos de palma e cantigas populares são um tesouro da infância que merece ser resgatado todos os dias.

Se brincar na escola já é parte da sua prática, continue. Se ainda não é, comece com um gesto simples: reserve meia hora da agenda e diga aos alunos que o tempo agora é deles. Deixe que inventem, explorem, se encantem. Pode ser barulhento, sim — mas esse é o som da infância em estado puro!

Editora do Brasil S/A
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