Como a aprendizagem socioemocional ajuda os estudantes a ter sucesso?

12 de março de 2021


É provável que, se você for professor, pai, mãe ou ambos, já ouviu falar de aprendizagem socioemocional. Tal como acontece com muitas tendências na educação, é possível, também, que você tenha algumas perguntas importantes sobre o conceito. Para começar, o que, na prática, significa a aprendizagem socioemocional? Mais além, como ela pode ser útil para a vida acadêmica do seu filho, filha ou estudante?

O que significa aprendizagem socioemocional?

Muitas escolas lutam com as capacidades dos jovens em gerenciar suas emoções. Nesse panorama, bullying, assédio, explosões emocionais e brigas podem tornar difícil para qualquer criança e adolescente se concentrar nas habilidades acadêmicas abordadas em sala de aula. Assim como essas questões tiram o foco do educador de outras dinâmicas escolares, forçando-o a gastar mais tempo disciplinando os estudantes do que ensinando. É nesses casos que a aprendizagem socioemocional faz a diferença.

Da mesma maneira, ela tem o poder de impactar positivamente a vida de todos além do ambiente escolar. Já que é por meio da aprendizagem socioemocional que se ensina e aprende efetivamente os conhecimentos, atitudes e habilidades necessárias para compreender e gerenciar emoções. Bem como, definir e alcançar objetivos positivos, sentir e mostrar empatia pelos outros, estabelecer e manter relacionamentos e tomar decisões responsáveis. Ou seja, se colocar no mundo.

Por que todas essas coisas são importantes? Porque são todos os aspectos de um indivíduo holisticamente saudável e os principais ingredientes para uma vida próspera dentro e fora da escola. Eles diferem significativamente das habilidades cognitivas acadêmicas, pois lidam mais com a forma como percebemos e controlamos a nós mesmos e nossas emoções. Tal qual, como interagimos uns com os outros.

Como a aprendizagem socioemocional ajuda os estudantes?

Em 2017, um estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), coletou respostas de jovens entre 10 e 15 anos de vários países. Segundo ele, aqueles com maiores habilidades sociais e emocionais são muito menos propensos a ter problemas comportamentais à medida que envelhecem. O relatório também indicou que as crianças de 10 anos que exibiram altos níveis de autocontrole, posteriormente mostraram ter melhor desempenho acadêmico. 

O que os dados apontam é que questões de desenvolvimento social, emocional e acadêmico são tanto interdependentes quanto essenciais para o sucesso na escola, no local de trabalho, em casa e na comunidade. Ademais, tais habilidades são maleáveis e, assim como acontece com as habilidades cognitivas, podem ser ensinadas e desenvolvidas ao longo da infância, adolescência e vida adulta.

Apoiar a integração da aprendizagem socioemocional e acadêmica é um investimento. A longo prazo, as competências adquiridas nesse processo estão associadas a empregos estáveis, crescimento na carreira, maiores salários e produtividade. Também podem influenciar na redução da violência, uso de drogas e problemas de saúde mental. Ou seja, elas têm o potencial de ajudar a criar uma sociedade mais justa, onde todas as crianças e jovens possam ter sucesso.

Projeto de Vida e a aprendizagem socioemocional 

Um dos itens da reformulação do Ensino Médio é, justamente, o posicionamento do estudante no centro do processo de ensino e aprendizagem. A intenção é assegurar que a escola se organize de forma a acolher as culturas juvenis e as suas singularidades e pluralidades, respeitando os seus direitos e considerando suas diferentes características, interesses, ritmos, aspirações e papéis sociais. Além de promover o desenvolvimento integral desses jovens, contemplando as dimensões intelectual, física, cultural e socioemocional, para que sejam capazes de resolver demandas complexas do cotidiano, exercer a cidadania e atuar no mundo do trabalho.

Nessa perspectiva, o PNLD 2021, edição do programa voltada para o Novo Ensino Médio, para dar subsídios para as escolas, propõe-se nos materiais didáticos: estimular a autonomia, o protagonismo e a responsabilidade dos estudantes. O objetivo é formar indivíduos que sejam capazes de fazer escolhas e tomar decisões em relação a seus projetos presentes e futuros. E como o programa promove esse estímulo? Por meio das obras de Projeto de Vida, contempladas no Objeto 1.

Essas buscam ajudar o jovem a responder, com ações de pesquisa, discussão, apropriação e produção de conhecimentos, às seguintes perguntas: Quem sou eu? Quais meus interesses? Como me relaciono comigo mesmo e com os outros? O que quero para minha vida? O que faço/posso fazer para atingir meus objetivos?

Ser em Foco

Na obra APROVADA no PNLD 2021 – Objeto 1, da Editora do Brasil, Ser em Foco, os Projetos de Vida dos estudantes são instrumentalizados de modo que suas singularidades e diversidade sejam articuladas nas dimensões pessoal, cidadã e profissional. De acordo com essa perspectiva, são utilizadas metodologias ativas que favorecem a reflexão, o senso crítico, o protagonismo e a autonomia. A obra, portanto, destaca a importância do autoconhecimento como caminho para a autorrealização e a identificação de interesses, possibilidades de escolhas para o futuro, planejamento e realização de propósitos. 

O autoconhecimento é incentivado por meio de problematizações, do diálogo e da argumentação. Sempre os instigando a realizar pesquisas e sensibilizando-os a promover intervenções sociais. Ser em foco também trabalha a colaboração e a empatia, em discussões sobre sustentabilidade, preconceito, consumo, empreendedorismo, saúde, pertencimento e outros conceitos de igual importância, para fornecer aos estudantes ferramentas concretas de  aprendizagem socioemocional.

Quer saber mais? Acesse o site do PNLD 2021, da Editora do Brasil, e deguste a obra, o Manual do Professor e muitos outros conteúdos personalizados.

Fonte: Edital Consolidado PNLD 2021 – 03/03/2021.

revista Arco 43

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