Papel do educador: a importância dele na autonomia do jovem
20 de janeiro de 2025
Como docentes impactam na sala de aula e preparam os estudantes para os desafios do futuro?
A educação é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento social e individual, e, nesse contexto, o papel do educador vai muito além de transmitir conteúdo acadêmico. Cada vez mais, a figura do professor se consolida como mediadora e facilitadora do processo de aprendizagem, ajudando a incentivar a autonomia do jovem na sua trajetória educacional, sendo ele o responsável por 36% do resultado dos alunos no Ensino Médio. É o que mostra um estudo inédito realizado por pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o Instituto Península.
Segundo os pesquisadores, o impacto do professor no Ensino Médio é menor no país (36%), se comparado com a educação fundamental (60%) por uma maior desorganização da etapa e porque o jovem é mais autônomo no processo de aprendizagem. Entretanto, ainda é considerado alto, porque o docente é comparado com outros 29 fatores que poderiam contribuir para um ensino de qualidade. Isso evidencia que ele é mais relevante que toda a soma das demais variáveis da escola pública, como número de alunos por turma, escolaridade dos pais, se há ou não internet e até o partido do prefeito. Mas por que o papel do educador é tão importante e como promove a autonomia do jovem?
Autonomia do jovem: como promover de forma eficaz?
Promover a autonomia do jovem é prepará-lo para os desafios do mundo. Com isso, ele não só desenvolve a competência para explorar e buscar o conhecimento por conta própria, com o apoio do educador como orientador, mas também precisará pensar criticamente, solucionar conflitos, colaborar em equipe e adaptar-se a mudanças constantes. Alguns exemplos práticos que podem ser aplicados em sala de aula são a exigência de trabalhos formatados adequadamente sob pena de perda de pontos caso a formatação esteja inadequada, trabalhos em grupo, competições esportivas entre classes, concurso de talentos, entre outras.
Educador: atuando como facilitador no processo de aprendizagem
Para que o jovem desenvolva essa autonomia, o educador deve atuar como um mentor, facilitando o acesso à informação, instigando a curiosidade e criando um ambiente seguro para que os estudantes possam se expressar, cometer erros e aprender com eles.
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Estimule o pensamento crítico
O educador pode criar oportunidades para que os alunos reflitam sobre os conteúdos de forma crítica, questionando e debatendo, além de propor questões que incentivem o jovem a pensar de forma autônoma, a pesquisar e a formar suas próprias conclusões.
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Fomente a autogestão
O educador pode incentivar os alunos a gerenciarem seus próprios projetos e tarefas, oferecendo suporte, mas também espaço para que façam escolhas. Delegar responsabilidades aos estudantes, como a organização de estudos e o cumprimento de prazos, os ajuda a desenvolver habilidades de planejamento e disciplina.
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Crie um ambiente de aprendizagem colaborativa
Ao promover o trabalho em equipe, o professor ensina os jovens a serem independentes, mas também a valorizarem a troca de conhecimentos e experiências. Um ambiente colaborativo permite que os alunos aprendam uns com os outros, exercitando a liderança e a responsabilidade compartilhada.
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Ofereça um feedback construtivo
O professor, em vez de corrigir de maneira punitiva, deve orientar o estudante, mostrando como ele pode melhorar e como suas escolhas impactam seu processo de aprendizado.
Autonomia no futuro do jovem: quais são os impactos?
Desenvolver a autonomia na escola impacta diretamente a vida adulta dos jovens, preparando-os para serem profissionais mais capacitados, cidadãos críticos e agentes transformadores na sociedade. Isso reflete no seu modo de lidar com desafios futuros.
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